Olá pessoal! O filme que irei comentar essa semana é o La Vie d'Adèle que aqui no Brasil veio com o nome de Azul é a cor mais quente. Muitos de vocês já devem ter ouvido falar desse filme, devido a tantas polêmicas envolvendo as atrizes, o diretor e as tão comentadas longas cenas de sexo entre as protagonistas.
Primeiramente, informo que para assistir esse filme, é necessário se despir de qualquer preconceito e estar disposta a se abrir para uma forma diferente de apresentação do amor.
La Vie d'Adèle é um filme francês de 2013, dirigido pelo diretor Abdellatif Kechiche e conta o início e o desenrolar do relacionamento vivido por duas garotas: Emma e Adèle. A primeira é uma artista plástica de cabelos azuis e a segunda, é uma garota de 17 anos que está terminando a escola e sonha em ser professora. Até que um dia, suas vidas se encontram e elas iniciam um intenso romance.
O filme possui quase três horas de duração, o que faz com que o expectador acompanhe o envolvimento e o amadurecimento do romance das personagens. Além disso, ele foi filmado de uma forma muito natural (nem maquiagem foi usada nas atrizes), o que deu mais veracidade a história.
O filme trata de temas como homossexualidade, bullying, diferenças de classes sociais, transição da adolescência para vida adulta, da forma mais delicada, sensível e doce possível. Para os menos acostumados, as longas cenas de sexo entre as personagens podem causar um desconforto, mas elas não foram postas ali ao acaso. Cada cena possui uma forma poética e inteligente.
Outra coisa que eu achei incrível foi o fato da não "clichêtização" (se é que essa palavra existe! Rs) do filme. Sem levantamento de bandeiras, sem discussões sobre o que é certo e errado. Ele mostra somente o amor entre duas garotas da forma mais nua e crua. Ponto para a química e atuação brilhante entre as duas atrizes (você se envolve e sofre nas situações vividas por elas) e para a bela fotografia que ajuda compor toda a delicadeza apresentada no filme.
Com certeza, Azul é a cor mais quente é um os dramas mais viscerais que já vi. Não foi a toa que ganhou Palma de Ouro em Cannes. Lindo, comovente e verdadeiro. O final também foge do óbvio, fazendo com que o expectador continue a pensar sobre a vida das personagens mesmo depois de começar a ver os créditos subirem.
Se interessou? Veja o trailer então:
Gosto muito desse filme, talvez por mostrar um lado que muitos não enxergam (ou não queiram enxergar), como vc disse sai do clichê. OBS: Muito bom o jeito que você abordou o filme. :)
ResponderExcluirCandy FoolFiK | Fan page | Youtube | Twitter